"Como será o seu parto?" Toda grávida tem que responder a esta pergunta seja dos parentes, dos amigos, e do/a obstetra (que, muitas vezes, toma com ela a decisão). Existem diversos tipos de parto: de cócoras, na água, etc. Mas, no dia-a-dia, dois tipos de parto dividem a atenção da gestante: o normal e a cesárea.
Dr. César Miranda, obstetra, médico do Ministério da Saúde, e parteiro, adverte que a desinformação é a maior causa de uma escolha errada com relação ao tipo de parto. A ela se alia a mudança de perfil da mãe nas últimas décadas. "Nos anos 70, a mulher era apenas mãe e dona de casa. Hoje os objetivos são outros. Ser mãe não é mais a prioridade e muitas mulheres engravidam tarde, depois de se estabilizarem na profissão. Essas mulheres, mais práticas, se afastam do parto normal, que é artesanal. Preferem a cesárea porque são mais velhas ou por medo da dor", diz o médico. Apesar dessa observação, cresce o número de mulheres que preferem a naturalidade do parto normal, assim como os movimentos de resgate a este tipo de parto. Estas, seguem a bandeira de que o parto é da mulher, e que se torna um procedimento médico, apenas quando realmente necessário.